A maior parte, se não todos os 54 países africanos, vem sendo alvo de investimentos de grandes empresas de outros continentes, com destaque para as chinesas e brasileiras. Os setores mais visados são a extração mineral e a construção de grandes obras. O continente africano é a meta para sustentar o crescimento internacional da economia brasileira, diante do quadro de estagnação e até retração das economias de capitalismo maduro e sustentada expansão das africanas. O governo brasileiro apoia esse caminho dos empresários e inclusive dá incentivos financeiros através do BNDES.
A relação comercial entre o Brasil e a África se dá, sobretudo, nas trocas de produtos primários, e a vários anos com mais importações que exportações por parte do Brasil. Mas nem o Brasil é um dos principais parceiros do continente africano nem o contrário. As relações mais estreitas se dão com Angola, Nigéria e África do Sul, sendo Moçambique o que mais cresce em importância.
Nos últimos anos também vem crescendo a relação acadêmica entre instituições brasileiras e de países africanos, seja pelo mútuo interesse de trocas de experiências, seja pela intenção de pesquisar a realidade de algum país da África (por parte dos brasileiros).
A mesa tem por objetivo discutir a presença das empresas brasileiras em alguns países do continente africano, as suas intenções, o tamanho dos planos, o impacto das atividades. Além de problematizar essa presença, colocando a questão de se não se trataria de uma atitude imperialista por parte do Brasil essa corrida à África. Mesmo parecendo assuntos díspares, também pretendemos conhecer melhor, questionando essa relação acadêmica entre esses espaços.
Palestrantes: Hector R. G. Hernandez e Ana E. S. G. Muller
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